Polícia remete ao Ministério Público inquérito da Operação Cartola

O delegado Joerberth Pinto Nunes, da Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes contra a Fazenda Estadual (Defaz), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), remeteu ao Ministério Público (MP) nessa segunda-feira (18/06) o inquérito da Operação Cartola. No inquérito – que possuí 20 volumes e cerca de 4.500 páginas – a Polícia sugere a responsabilização penal de chefes do Poder Executivo, servidores públicos, empresários e outros envolvidos.

A Polícia também solicita, para alguns casos, que sejam tomadas outras medidas cautelares de prisão preventiva, afastamento do cargo e sigilo bancário e fiscal.

As pessoas envolvidas teriam cometido crimes licitatórios, contra a fé pública e contra a administração pública. As conclusões deverão ser analisadas pelo Ministério Público.

A ação da Polícia investigou supostas irregularidades em contratos de oito prefeituras com a empresa PPG Comunicação, entre elas Osório e Tramandaí. De acordo com o delegado Joerberth Pinto Nunes, a PPG Comunicação – que funcionaria como empresa de fachada – venceria licitações, subcontrataria serviços superfaturados, e pagaria propina a funcionários públicos. A prefeitura contrataria a PPG para a execução de diversos serviços, muitos destes fora de seu objeto social. A Polícia pretende mostrar que o modus operandi da PPG é o mesmo em todas as prefeituras – salientou o delegado.
 
Além da PPG Comunicação, a MAC Engenharia é investigada por prestar serviços à prefeitura de Alvorada, suspeita de adquirir compras sem processos licitatórios. Atrás de elementos que comprovem a prática do desvio de dinheiro público, a polícia apreendeu documentos e computadores em onze cidades gaúchas. Em espécie, foram recolhidos em torno de R$ 150 mil. Segundo o delegado Nunes, os documentos apreendidos serão analisados e servirão de base para futuros indiciamentos.

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