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Polícia sabe há um mês que Madeleine morreu, diz jornal

A Polícia Judiciária portuguesa (PJ, equivalente à Polícia Federal brasileira) sabe há um mês que a menina britânica Madeleine McCann, de 4 anos, morreu na noite em que foi dada por desaparecida. E por isso teria descartado definitivamente a hipótese de seqüestro. É o que afirma reportagem publicada nesta terça-feira (7) pelo jornal português “Diário de Notícias”, citando fontes da investigação.

O jornal diz que as suspeitas iniciais sobre os pais da menina ganharam mais força agora e a certeza da morte de Madeleine abriu um novo caminho de investigação, mais concentrada no casal McCann e em seu círculo mais próximo.

Segundo o “Diário de Notícias”, as versões contraditórias de pais, parentes e amigos sobre o fato contribuíram para aumentar as dúvidas sobre a teoria de um seqüestro.

A nova linha de investigação mostra, ainda segundo o jornal, que a morte de Madeleine aconteceu -por homicídio, acidente ou negligência- no quarto em que a família McCann passava as férias em um complexo turístico no balneário da Praia da Luz, no sul de Portugal.

Foram esses novos indícios que levaram a Portugal agentes britânicos. Em colaboração com a polícia portuguesa, eles rastrearam a área com cães adestrados para farejar corpos.

Os cachorros permitiram descobrir restos de sangue no quarto do casal. As amostras estão sendo analisadas e o resultado deverá ser divulgado nos próximos dias.

Enquanto isso, a imprensa portuguesa comenta que a atitude de Gerry e Kate mudou radicalmente na segunda-feira, quando eles preferiram se esconder dos jornalistas. Antes, eles procuravam a mídia para dar entrevistas e informações que mantivessem o interesse no caso.

O jornal “Público”, também de Portugal, diz que as autoridades vigiam vários amigos dos McCann na Inglaterra e que eles provavelmente serão convocados a depôr novamente em Portugal nos próximos dias.

Suspeito
A PJ informou que segue de perto um homem de nacionalidade britânica. Segundo a imprensa portuguesa, ele foi visto com os pais de Madeleine antes do desaparecimento da menina e depois com o único suspeito do caso, Robert Murat.

Com a virada nas investigações, o advogado de Murat reiterou a possibilidade de que o cliente faça uma denúncia contra o Estado português quando o caso for encerrado para comprovar sua inocência.

A PJ inspecionou ontem vários veículos de parentes e amigos de Murat, assim como o carro utilizado pelos McCann durante a estadia em Portugal.

No Reino Unido são oferecidos mais de 4 milhões de libras (cerca de R$ 12 milhões) por pistas que ajudem a encontrá-la, mas as inúmeras denúncias que chegaram à polícia a partir de vários países não jogaram nenhuma luz sobre o caso.

Madeleine McCann teria desaparecido em 3 de maio quando dormia junto a seus dois irmãos gêmeos de dois anos enquanto os pais jantavam com amigos em um restaurante próximo, segundo a versão divulgada até agora.

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