Políticas Públicas para idosos

Parece um absurdo, mas não é. Ouvi do presidente do Lar dos Idosos, senhor Ildo Trespach Monteiro, que existem entre 140 a 160 idosos na fila de espera daquele estabelecimento.

Vale considerar que este número não é o de idosos a procura de um asilo mas, destarte, é apenas o número de idosos à procura de asilo e que têm condições de pagar o alto custo daquela ‘hospedagem’.

Lamentavelmente, a instituição privada que cuida dos idosos de Osório tem capacidade para, no máximo, 30 pessoas. A Prefeitura fez uma destinação de valores, não tenho certeza de quanto, mas a contrapartida foi a disponibilização de uma (isso mesmo: UMA) vaga para a ação social definir um ou uma felizarda entre todos os candidatos carentes de Osório.

Algumas prefeituras possuem estabelecimentos públicos, mantidos com recursos públicos, com a finalidade de dar um cadinho mais de atenção e cuidados para aquelas pessoas cujos familiares abandonaram à própria sorte. Dentre as inúmeras prefeituras abençoadas, posso citar duas: Curitiba e São Lourenço do Sul. A primeira é uma prefeitura rica (talvez nem tanto quanto Osório), mas muito bem focada na atenção para com seus contribuintes. Histórico modelo de organização de transporte público, educação e cultura, Curitiba construiu verdadeiros condomínios destinados aos idosos, com toda a infraestrutura adaptada e serviços de apoio adequados.

A segunda prefeitura aqui relacionada, São Lourenço do Sul, é dezena de vezes menos agraciada por ICM, em comparação a Osório. A cidade do extremo sul do estado sofreu enormes prejuízos com as enchentes em 2010. Estive lá trabalhando como voluntário e conheci, de perto, o Lar dos Idosos da cidade. No terreno onde está o Lar dos Idosos de Osório seria possível implantar uns 10 outros com espaços físicos semelhantes ao ‘asilo’ de São Lourenço do Sul. A Prefeitura de Osório poderia, em parceria com o Lar dos Idosos, dispor de parte daquele imenso terreno e construir uma unidade pública, para atendimento gratuito dos idosos não tão bem agraciados financeiramente.

Esta é uma singela sugestão de Política Pública extremamente necessária para Osório. Por que não?

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