Depois de absorver o segundo aumento do preço do gás boliviano, ocorrido em 1º de abril de 2008, a Sulgás repassa, parcialmente, para clientes o terceiro reajuste. A alteração trimestral no valor de compra, conforme contrato vigente entre a companhia e a Petrobras, acumula 19,48%, dos quais 12,05% a partir de 1º de julho e 6,63% em abril. Em conseqüência, o preço em vigor no Estado tem acréscimo de 7,8% para os setores industrial, veicular e comercial e 5% para clientes atendidos com gás natural comprimido (GNC), a partir do dia 10 próximo. A medida não afeta o segmento residencial.
O diretor-presidente da Sulgás, Artur Lorentz, explica que o aumento de 42% no custo do petróleo verificado no período contribui para elevar o índice de reajuste do gás natural, pois parcela do preço da commodity é atrelada à cotação internacional da cesta de óleos. “Temos verificado o movimento de preço em outras unidades da federação e não é só com o gás natural, mas também ocorre com GLP, óleo combustível, diesel e gasolina”, compara.
Lorentz anuncia que a Sulgás desenvolverá política comercial específica de incentivo para consumidores de GNC a granel, com desconto médio de aproximadamente 10%, objetivando captar o mercado varejista, como pequenas indústrias, hotéis e padarias, entre outros estabelecimentos localizados distante da rede de gasodutos. Em relação ao segmento veicular, o acréscimo aos postos de combustíveis significa pouco menos de R$ 0,08 para aqueles abastecidos por rede canalizada e R$ 0,04 nos atendidos com GNC, como é o caso de pontos de Santa Maria, Lajeado, Passo Fundo, Santa Cruz do Sul, Novo Hamburgo, Osório e Torres.
