Presidente do SIMERS entrega plano de carreira em Osório
Argollo destacou que a maior queixa da categoria é o fato de o médico ser enquadrado como técnico científico no plano de carreira do funcionalismo público em muitas cidades, o que não se torna atrativo para os profissionais. “Hoje paga-se o mesmo valor para um profissional de saúde com tempo de formação quatro vezes menor que de um médico. Não estamos discutindo a importância das profissões, mas o tempo de formação. Leva-se muito tempo para formar um médico especialista, por isso a importância de um plano de carreira municipal que traga estabilidade a eles. Para que os profissionais queiram atuar no interior, a carreira no SUS precisa ser mais atrativa que a privada”, defendeu.
Para o prefeito de Osório, a maior dificuldade em implantar um plano de carreira específico para os médicos é a equiparação salarial com as demais classes, que poderiam reivindicar o mesmo e assim criar um conflito entre os profissionais. “Ao aumentar o salário de todos, teremos um grande obstáculo, que é o orçamento”, disse. O presidente do SIMERS esclareceu que durante anos os médicos têm exercido suas funções por meio de contratos verbais com os Executivos. Muitos profissionais se acostumaram a trabalhar dessa forma, por tarefa. Argollo exemplificou o caso de Porto Alegre, em que os médicos registram seus horários em ponto eletrônico. “Para que os médicos cumpram sua carga horária, é preciso oferecer uma carreira atraente”, defendeu.
O chefe do Executivo propôs ao grupo de médicos que acompanhou a reunião que seja formada uma comissão para discussão da proposta de plano de carreira apresentada pelo Sindicato.
Ainda neste dia, Argollo esteve reunido com os profissionais de Osório falando sobre a reunião com o prefeito e secretário de saúde e também debatendo os atuais temas que envolvem a categoria, como o programa Mais Médicos e o Ato Médico.