Produtores de leite afirmam que fraudes foram detectadas há quatro anos

Produtores de leites e laticínios reunidos São Paulo na maior feira da América Latina do setor disseram que as fraudes já haviam sido detectadas quatro anos atrás. Mas que não houve punição adequada para quem colocava soro no leite para lucrar mais. Hoje, segundo dados oficiais, três em cada 10 produtores não seguem as normas sanitárias.

Conforme informações do Jornal Hoje, da Rede Globo, o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Leite, Jorge Rubez, também denunciou que quatro anos atrás o Ministério da Agricultura já havia encontrado fraudes na indústria. Como por exemplo, a adição de soro, que aumenta até 20% a quantidade do produto. Mas a denúncia teria sido arquivada.

— O que faz acontecer a fraude chama-se impunidade. Eu espero que dessa vez punam realmente, adequadamente quem estiver fraudando e se por ventura surgir mais alguém, coisa que eu não acredito — afirmou.

Para a pesquisadora da USP Maricê Nogueira de Oliveira, nesse momento, além do leite longa vida, todos os queijos frescos precisam ser analisados.

O único consenso até agora é que as pessoas não devem suspender o consumo de leite e derivados que são ricos em cálcio. E a falta desse nutriente pode gerara o aparecimento de doenças. Segundo os profissionais da saúde, o melhor é evitar apenas os produtos sob suspeita e consumir o leite pasteurizado, aquele de saquinho e iogurtes. E também queijos tipo prato e mussarela.

O Ministério da Agricultura informa que está investigando as denúncias da associação dos produtores de leite. Já o ministério da saúde e a Anvisa divulgaram uma nota em conjunto para tranqüilizar a população. A nota afirma que todas as medidas de inspeção e fiscalização estão sendo tomadas para segurar a qualidade do leite e dos derivados a venda no mercado. E reafirma que nos níveis encontrados as substâncias químicas adicionadas ao leite não representam riscos a saúde do consumidor.

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