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Protesto mobiliza arrozeiros e Legislativo patrulhense em Torres

Cerca de 500 agricultores de Santo Antonio da Patrulha, Torres, Tavares, Mostardas, Osório e do sul de Santa Catarina permaneceram concentrados na BR 101, na divisa do RS com SC, das 10h de terça até a manhã de quarta. Os produtores participaram do movimento dos arrozeiros do litoral norte, com o objetivo de chamar a atenção do governo federal para os baixos preços praticados.

A interrupção aconteceu de forma organizada e a cada 10 minutos, trinta caminhões iam sendo liberados para trafegar. O congestionamento de veículos chegou a 22 quilômetros na tarde de terça, e o trânsito de automóveis e ônibus seguiu fluindo normalmente. O ato foi gerado em protesto pela falta de medidas de apoio do governo federal para o setor. Além de fecharam a estrada, os agricultores distribuíram panfletos alertando a sociedade da crise sem precedentes que passa a orizicultura gaúcha.

O presidente da Câmara de Vereadores de Santo Antônio, Clóvis Gomes Salazar, acompanhado do colega Marlon Rafaelli de Souza, estiveram participando ativamente do protesto, que reuniu cerca de 40 agricultores do município, além de representantes da categoria local, entre eles, o presidente do Sindicato Rural, Jorge Dutra, o conselheiro do IRGA, Luiz Carlos Machado, o chefe regional do escritório do IRGA, José Galego Tronchoni e o Presidente da Associação dos Arrozeiros de SAP, Marco Aurélio Tavares.

Pressionados pela dívida crescente e sem nenhuma resolução do governo federal capaz de melhorar a situação, os produtores de arroz já falam em “quebradeira”. Conforme Marco Aurélio Tavares, os números das últimas safras são alarmantes. “A dívida só vem aumentando e o prejuízo dos últimos doze anos equivale a 1,3 safras de arroz. O produtor, que não está conseguindo suprir os custos, trabalha no negativo a espera de ações do governo federal”, relatou, lembrando que segundo a Constituição Federal, o governo é obrigado a garantir, ao menos, o Preço Mínimo aos produtores, no caso do arroz R$ 22, o saco de 50kg.

Com o slogan “Campo sem renda igual a comércio e indústria sem venda; e Prefeitura sem retorno”, os produtores distribuíram durante o protesto, panfletos com as principais reivindicações do setor, que podem ser resumidas em renegociação de dívida com prazos e juros compatíveis, prática de preços mínimos reais que cubram custos de produção e seguro agrícola, preços de insumos equiparados ao Mercosul e renda aos produtores.

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