Quadrilha especializada em golpes financeiros é alvo de operação no Litoral

Quadrilha especializada em golpes financeiros é alvo de operação no Litoral

Uma quadrilha especializada em golpes financeiros foi desarticulada pela Polícia Civil na manhã desta sexta-feira em seis cidades do Rio Grande do Sul.

A operação, chamada de Ouro de Tolo, cumpriu 33 ordens judiciais nas cidades de Novo Hamburgo, Taquara, Nova Hartz, Sapiranga, São José do Norte e Capão da Canoa.

Mais de 50 agentes foram mobilizados para executar seis mandados de prisão preventiva, 23 de busca e apreensão e quatro quebras de sigilo.

As investigações estão em andamento desde o ano passado, quando foram apreendidos R$ 2,2 milhões junto ao autor de um homicídio em Novo Hamburgo.

Desde então, as autoridades descobriam que os membros da organização criminosa viviam uma vida de luxo para lavar o dinheiro obtido nas fraudes.

Em uma das apreensões, por exemplo, a polícia encontrou imagens de um avião que seria locado para transportar as vítimas.

A compra de imóveis e carros de alto padrão também fez parte da rotina dos criminosos – que, dentre outras coisas, usavam empresas de fachada para lesar pessoas interessadas em investimentos imobiliários.

A maior parte das vítimas era do Vale do Sinos, no Rio Grande do Sul, mas há indícios de que o grupo atuava também em Santa Catarina.

De acordo com a investigação, a quadrilha é especializada em um esquema conhecido como “3 por 1”. “Clientes” buscavam os estelionatários para trocar dinheiro verdadeiro por uma quantidade maior de dinheiro falso.

A Polícia Civil identificou casos em que pessoas trocaram R$ 100 mil legítimos por até R$ 300 mil em notas falsificadas.  Os “clientes” acabaram se tornando “vítimas” e denunciaram o caso à polícia.

Isso porque, em algumas situações, na hora de os estelionatários entregarem o dinheiro falso, eles encenavam uma ação policial em que o material era todo apreendido – com envolvimento de pessoas vestindo uniformes policiais e até carros que se passavam por viaturas.

Como tanto “cliente” quanto “fornecedor” estavam envolvidos em práticas criminosas, as situações, normalmente, não eram denunciados.

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