Piranhas vermelhas avançam pelo RS e trazem preocupação
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Risco eminente: piranhas vermelhas cada vez mais próximo de rios e lagoas do Litoral

O risco das piranhas vermelhas (palometas) chegaram ao rios e lagoas do Litoral Norte do Rio Grande do Sul é eminente.

Após terem sido encontradas em diferentes bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul, as palometas (Serrasalmus maculatus), agora foram avistadas junto ao Pontal do Estaleiro, em Porto Alegre.

Segundo o professor Fernando Becker, do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a chegada das palometas ao Guaíba, na Capital, era questão de tempo, pois já haviam sido avistadas na região da Barra do Ribeiro.

— Já há vários relatos dela pela região. Agora, há um risco muito grande delas seguirem para as lagoas do Litoral Norte — avalia o professor.

A situação de risco em áreas costeiras também é levantada pelo professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Roberto Reis, que já encontrou palometas ao passar de barco próximo da Ilha das Pedras Brancas, entre Porto Alegre e Guaíba.

— Em breve, ela pode se espalhar muito no Guaíba e acabar dominando a região. Se elas seguirem para as lagoas costeiras, será ainda pior. Medidas precisam ser tomadas para evitar isso — avalia Reis.

A principal causa apontada por especialistas para a migração a outras regiões é a drenagem em canais de irrigação de lavouras que retiram a água de uma bacia e desaguam em outra.

Ainda conforme Becker, os prejuízos da proliferação da palometa podem aparecer em diferentes aspectos.

O primeiro seria na pesca, em que elas danificam as redes e mordem os peixes aprisionados, que ficam impróprios para comercialização.

Isso aumenta o custo e diminui o rendimento para os pescadores, que gastam com material, combustível e tempo, com um aproveitamento menor do pescado.

O segundo problema seria afetar a abundância de outros peixes nos rios e lagoas, com risco de extinções de espécies locais. E um terceiro risco seria a chegada ao Litoral Norte.

— As lagoas do Litoral são muito usadas turisticamente, e as palometas podem diminuir esse interesse pelo risco das pessoas serem mordidas ao pescar e se banhar.

Não são ataques como aqueles que aparecem em filmes, mas uma mordida pode ser bem dolorosa — explica o professor.

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