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Royalties: participação especial da União ficará em 42%

O relator do projeto que prevê a partilha dos royalties do petróleo entre estados produtores, não produtores e a União, Vital do Rêgo (PMDB-PB), disse que o percentual destinado à União na participação especial paga pelas petroleiras ficará em 42%, 8 pontos percentuais a menos do que é pago hoje. Ontem (17), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a apresentar proposta que previa redução para 43%, segundo líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), que participou do encontro. O senador disse ainda que a proposta de Mantega é reduzir o percentual e recuperá-lo ano a ano com o aumento de 1% até chegar a 46%.

Segundo o líder petista só dessa forma as contas serão fechadas e os estados e municípios não produtores poderão receber cerca de R$ 8 bilhões, como prevê o projeto de lei do senador Wellington Dias (PT-PI). Humberto Costa disse também que hoje serão intensificadas as conversas com representantes da União e da Câmara dos Deputados.

De acordo com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMBD-RO), diante da alternativa dada pelo ministro, os deputados insistiram em manter a proposta de 40%, prevista na emenda do líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Mas para haver consenso, os parlamentares decidiram apoiar a proposta que prevê participação de 42% mais recomposição de 1% ano a ano. Às 15 horas, está prevista uma reunião da bancada peemedebista no Senado, quando o relator apresentará e debaterá sua proposta.

O senador Wellington Dias destacou que o parecer que será apresentado à tarde mantém basicamente o eixo de seu projeto de lei e viabiliza o pagamento de R$ 8 bilhões aos estados não produtores na arrecadação de royalties e participação especial. Além disso, e municípios produtores têm os R$ 12 bilhões já previstos em seus orçamentos para o ano que vem e a União tem garantidos recursos entre R$ 8,5 e R$ 9 bilhões.

Segundo Wellington Dias, a União alega que a receita dos royalties e da participação especial “são instáveis” porque dependem do preço do barril de petróleo. O senador não concorda com esse argumento e reconheceu que essa oscilação no preço do barril vale, também, para estados e municípios uma vez que a discussão se trata da divisão de toda a arrecadação.

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