RS lidera ranking de armas devolvidas
Em números absolutos, o Estado só fica atrás de São Paulo, onde ocorreu o maior volume de entregas – e cuja população (41.252.160 habitantes) é quase quatro vezes superior a do RS (10.695.532).
Para o secretário adjunto da Segurança Pública (SSP), Juarez Pinheiro, possuir uma arma não representa segurança. Ao contrário, pode gerar uma insegurança ainda maior. “Pesquisas apontam que 72% dos homicídios do Rio Grande do Sul são provocados por armas de fogo e que 30% das armas adquiridas pelos cidadãos acabam nas mãos de traficantes”. De acordo com Pinheiro, o desarmamento influencia na redução da criminalidade.
O resultado positivo do Estado na Campanha do Desarmamento, segundo Pinheiro, é decorrente de um esforço que a SSP vem desenvolvendo, coordenada pela equipe do Departamento de Gestão Estratégica Operacional (DGEO) e que envolve o trabalho da Brigada Militar e da Polícia Civil, em conjunto com a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, totalizando 229 postos de recolhimento no RS.
Adesão no país
Até agora, 24 estados e o Distrito Federal já aderiram à campanha nacional e ficam responsáveis por ampliar a rede de coleta. Atualmente, já são 1.886 postos em todas as Unidades da Federação, localizados em batalhões das Polícias Militar, Civil e Federal, além das Guardas Municipais e Corpo de Bombeiros.
A campanha nacional havia recolhido, até o último dia 27, 36.834 armas e 150.965 munições. No total, foram pagos R$ 3,5 milhões em indenizações pelos armamentos. Cada artefato entregue faz jus a um valor de R$ 100, R$ 200 ou R$ 300, a depender do tipo.
Os revólveres lideram a lista das espécies de armas entregues, com mais de 18 mil unidades. Pouco mais de 20% do total são de grande porte, entre eles, 95 fuzis.
O Ministério da Justiça e o Banco do Brasil já assinaram a renovação da parceria para o pagamento das indenizações por armas recolhidas na Campanha Nacional do Desarmamento. Com isso, os benefícios da mobilização deste ano permanecem até, pelo menos, o fim de 2012.