RS mantém vigilância ativa intensificada após alta mortalidade entre cisnes-de-pescoço-preto
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RS mantém vigilância ativa intensificada após alta mortalidade entre cisnes-de-pescoço-preto

Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) realizou, nesta quarta-feira (7/6), reunião com o corpo técnico da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e supervisores das 15 regionais.

O objetivo foi alinhar informações atualizadas sobre a vigilância ativa intensificada na Estação Ecológica do Taim desde 24 de maio, quando o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) notificou uma alta mortalidade entre cisnes-de-pescoço-preto (Cygnus melancoryphus) na Lagoa Mangueira por influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1).

“A lagoa tem mais de 100 quilômetros de extensão e dez de largura, com várias pequenas lagoas e pontos de difícil acesso. Os drones e os sobrevoos de helicóptero têm nos ajudado a ver melhor esses locais, em juncais onde pode haver aves mortas escondidas”, detalhou o diretor adjunto do DDA, Francisco Lopes. Em duas semanas, foram dois sobrevoos de helicóptero.

Quatro drones estão sendo utilizados diariamente para monitorar toda a costa da Lagoa Mangueira e grandes espelhos d’água da região. O Serviço Veterinário Oficial já avistou 16.482 aves durante o período.

Desde o primeiro momento, em que 36 cisnes mortos foram encontrados, as equipes de vigilância vêm recolhendo números reduzidos de aves mortas ou moribundas – o número varia em torno de uma a seis aves encontradas por dia.

“Acreditamos que o achado inicial era de aves mortas acumuladas, pois estavam em diferentes estágios de decomposição”, explicou Francisco.

No total, foram recolhidas 81 aves mortas ou moribundas, sendo a grande maioria composta de cisnes-de-pescoço-preto (78), além de duas caraúnas e um tachã.

Uma das caraúnas apresentou laudo negativo para influenza aviária; os resultados da outra e do tacha ainda não estão prontos.

A Seapi vem adotando uma abordagem ampla na vigilância ativa, investigando um raio de dez quilômetros a partir do ponto onde as aves mortas foram encontradas.

“Pode ser considerado um excesso de zelo, mas preferimos pecar pelo excesso do que pela falta”, explicou a diretora do DDA, Rosane Collares.

Cinco equipes de servidores da Seapi atuaram em quadrantes do raio de dez quilômetros, visitando as propriedades que constam no Sistema de Defesa Agropecuária da secretaria como estabelecimentos de produção animal.

As equipes também realizaram busca ativa de locais não cadastrados e que façam criações de aves para subsistência.

Foram feitas 239 visitas às propriedades no entorno da Estação Ecológica do Taim, com identificação de uma suspeita em ave de subsistência, que apresentou resultado negativo para influenza aviária.

Uma equipe da Seapi foi destacada exclusivamente para ações de educação sanitária junto a comunidade, escolas, entidades e sistema de saúde local.

Foram conduzidas 306 ações desse tipo, atingindo 709 pessoas.

Um grupo de servidores atuou diretamente nas áreas contaminadas de foco e no recolhimento de animais mortos, enquanto outra equipe ficou na coordenação geral.

O trabalho vem sendo realizado de forma integrada pela secretaria, pelo ICMBio, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária e pela Patrulha Ambiental da Brigada Militar, que emprestou embarcações e o helicóptero para as ações de vigilância e monitoramento.

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