Policial

Santo Antônio: Operação Versa resulta em mais prisões na última fase

hd_2016112509184725-11_ellen_6Policiais da Delegacia de Polícia de Repressão ao Roubo e Furto de Cargas (DRFC), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), desencadearam, na manhã de desta sexta-feira ( 25/11)  a última fase da Operação Versa. A ação teve o objetivo de desarticular uma complexa organização criminosa,  responsável por pelo menos 20 roubos de carga, ocorridos no Estado do Rio Grande do Sul nos últimos seis meses, gerando um prejuízo estimado de 3 milhões.

Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Porto Alegre, Cachoeirinha, Sapucaia do Sul, Esteio, Santo Antônio da Patrulha e Florianópolis/SC, além de cinco prisões preventivas em desfavor de indivíduos comprovadamente integrantes da referida organização. Também foram sequestrados bens móveis, visando ao ressarcimento futuro das vítimas.

Segundo o delegado Gustavo Rocha, a investigação teve início em maio deste ano e evoluiu significativamente no último trimestre com a prisão preventiva de nove de seus integrantes, incluindo um dos responsáveis por comandar a execução de um roubo a carga de celulares, ocorrido no início de setembro.Este indivíduo, preso no Estado de Santa Catarina, seria responsável por lavar dinheiro do tráfico de drogas de uma conhecida facção criminosa atuante no Rio Grande do Sul por meio de um mercado – situação que ainda está em apuração.

Com a utilização de tecnologias modernas de investigação a polícia judiciária identificou, no início de outubro, dois depósitos utilizados para o armazenamento e redistribuição das cargas roubadas, um em Sapucaia do Sul e outro em Cachoeirinha. Na ocasião foram presos em flagrante três indivíduos. Neste segundo local, foram encontradas diversas cargas roubadas de gênero alimentício, tais como: carne, arroz e frios.

Apreendeu-se, na ocasião, farta documentação que desvendou um elaborado esquema de recolocação dos produtos subtraídos no mercado com “roupagem” de legalidade. A cúpula da organização constituía empresas em nome de terceiros – “laranjas”, realizava a compra legal de um lote do mesmo produto subtraído e, por fim, repassava-os a mercados da capital e região metropolitana por preços atraentes, já que havia uma confusão entre o produto legalmente adquirido e o produto do roubo.

Essas mesmas empresas, além de comercializar a carga roubada, eram vulgarmente conhecidas por “araras”, isto é: após legalmente constituídas, realizavam compras de produtos dos fornecedores, efetuando o pagamento em dia, ganhando, assim, a credibilidade no mercado. Paralelamente, buscavam a obtenção de crédito financeiro junto às instituições bancárias. Em momento posterior realizavam novas compras vultosas, a prazo, desaparecendo na posse dos produtos e com o crédito bancário em mãos, gerando prejuízos de grande monta.

“A organização criminosa era composta, em regra, por motoristas de caminhões e proprietários de estabelecimentos comerciais voltados à comercialização e distribuição de alimentos, por isso a preferência por produtos dessa natureza”, esclarece o delegado Gustavo Rocha.

De acordo com o Diretor da Divisão de Investigação Criminal, delegado Sander Cajal: “o enfrentamento às organizações criminosas com o uso de modernas técnicas de investigação é o foco das ações do Departamento. Neste Inquérito Policial já são 13 integrantes presos preventivamente em decorrência da investigação de roubo de cargas no estado”.

Disque- denúncia do DEIC 0800 510 2828

WhatsApp ou Telegram (51) 8418.7814

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