Vida & Saúde

Secretário da Saúde pede para que população não deixe vacina contra a gripe para a última hora

Na última semana da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe, o secretário estadual da Saúde, Ciro Simoni, fala diretamente aos integrantes dos grupos de risco: “Não deixem a vacina para a última hora e procurem a Unidade Básica de Saúde mais próxima o quanto antes. É muito importante que todos participem deste processo para alcançarmos o maior número de pessoas fortalecidas para enfrentar o inverno gaúcho, que não é fácil”.

A maior preocupação do secretário é com o grupo das gestantes, cuja procura pela vacina está muito abaixo do esperado: “Nós tivemos diversos casos durante a gripe A (H1N1) de gestantes que vieram a óbito em função da doença, que é grave, por isso, é fundamental que elas façam a vacina e protejam sua saúde e a do bebê que está vindo aí”, afirma Simoni.

A Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul e a Sociedade de Pediatria do Estado estão recomendando formalmente a vacinação contra o vírus influenza para todas as gestantes e para as crianças com idade entre seis meses e menores de dois anos.

A imunização, que este ano protege contra dois tipos de gripe sazonal e contra a gripe A (H1N1), está disponível na rede pública, até a próxima sexta-feira (13), para estes dois grupos e também para idosos, indígenas e profissionais da saúde.

Especialistas alertam para os riscos de complicações da gripe
O presidente da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, José Paulo Vasconcellos, alerta que o vírus da influenza é responsável por 75% das infecções respiratórias, que comumente afetam as crianças. O especialista lembra que a ampliação da campanha de vacinação para as crianças na faixa etária de seis meses a dois anos atende a uma solicitação da comunidade científica e pode diminuir o número de internações hospitalares por influenza e pneumonia, os gastos com medicamentos e a redução dos indicadores de mortalidade deste grupo da população.

Já o presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia, Flávio Vieira, lembra às grávidas que ser gestante é considerado um dos fatores de risco para complicações pelo vírus porque, no período da gestação, o sistema imunológico das mulheres fica ligeiramente enfraquecido, com diminuição da imunidade celular, maior consumo de oxigênio e redução da capacidade residual funcional. “Estes fatores contribuem para que a doença em grávidas seja mais grave”, afirma Flávio.

Serviço:

Prazo final da campanha: 13 de maio, próxima sexta-feira

Quem deve se vacinar: Gestantes, crianças de seis meses a menores de dois anos, idosos, indígenas e profissionais de saúde que atuam em emergências, postos e na Estratégia de Saúde da Família (ESF)

Onde se vacinar: Na Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa. No caso dos indígenas, equipes da FUNASA estão percorrendo as aldeias e reservas. Os profissionais de Saúde estão sendo vacinados prioritariamente nos seus locais de trabalho.

Porque se vacinar: A campanha deste ano protege contra dois tipos de gripe sazonal e contra a gripe A (H1N1), e foi estendida aos grupos que apresentam mais riscos de desenvolverem formas graves da doença. A imunização previne os tipos de gripe mais comuns no nosso hemisfério, conforme estudo da Organização Mundial de Saúde, e suas complicações mais graves – com a vacinação dos grupos prioritários em 2010, por exemplo, o RS não registrou nenhum caso de gripe A (H1N1), enquanto em 2009 foram 3.544 casos confirmados e 297 óbitos em consequência da doença.

Vacinação em duas doses para crianças: As crianças com idade entre 6 meses e 2 anos são imunizadas em duas doses, com 30 dias de intervalo. A exceção são os bebês que já receberam em algum momento a vacina sazonal – o que não inclui a vacina contra a gripe A feita no ano passado, que não continha cepa de influenza sazonal. Nesse caso, a criança receberá somente uma dose.

Contraindicação: A única contraindicação da vacina é para aquelas pessoas com reações alérgicas severas à ingestão de ovo.

Recomendação: Pessoas com doenças agudas e febris, moderadas ou graves, devem adiar a vacinação até a resolução desse quadro clínico.

Informações sobre horário de funcionamento e endereços dos postos de vacinação podem ser acessadas junto à Secretaria Municipal de Saúde de cada cidade. O acompanhamento dos números da campanha pode ser feito através do site do Programa Nacional de Imunizações (PNI): http://pni.datasus.gov.br.

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