Senadores apresentam voto de censura a Lula
A matéria, agora, será encaminhada para a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Se aprovado, o voto de censura terá que ser apreciado no plenário do Senado Federal.
“A declaração foi uma ofensa ao Congresso Nacional. O presidente dirigiu-se de forma depreciativa aos senadores”, disse Cristovam.
Segundo ele, com referências desse tipo Lula “tenta a total desmoralização do Senado Federal, menospreza e diminui a atuação de todos os parlamentares, além de insuflar a opinião pública contra a Casa e os senadores”.
A defesa de Lula coube ao vice-líder do governo, Gim Argello (PTB-DF). Em nome do presidente, Argello pediu desculpas pela referência feita aos senadores.
“Se alguém se sentiu ofendido, na qualidade de vice-líder do governo, peço desculpas por antecipação”, afirmou.
Segundo o parlamentar, nenhuma autoridade pública tem mais respeito pelo Congresso do que Lula.
“O negócio é que o presidente fala a linguagem popular. Mas ele não teve qualquer intenção de ofender os senadores”, disse o parlamentar, que considerou grave o requerimento de voto de censura feito por 11 senadores.
O vice-líder do governo disse que ontem, após toda a confusão gerada no Senado por causa das declarações do presidente, participou de dois jantares nos quais o prato principal eram pizzas e nem por isso se sentiu ofendido.
Por causa da qualificação de “bons pizzaiolos”, os senadores da oposição vetaram o nome de Bruno Pagnoccheschi para permanecer à frente da diretoria da Agência Nacional de Águas (ANA).