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Setor de seguros projeta cenário de dificuldades para 2009

O ano de 2009 traz grande preocupação para o presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado do Rio de Janeiro (Sincor/RJ), Henrique Brandão. Ele disse à Agência Brasil que o cenário é de muita dificuldade, contrariando estimativa da Confederação Nacional de Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg), segundo a qual 2009 ainda será um ano de crescimento, embora num ritmo menor do que 2008.

“Sou empresário do setor há 43 anos e acho que vamos ter um ano muito difícil. Quem estiver apostando que o mercado no ano que vem crescerá vai cometer um erro muito grande”, disse Brandão. O presidente do Sincor/RJ afirmou que a recessão nos Estados Unidos, que representam 30% do meio circulante mundial, provocará um freio na economia internacional.

“E o mercado de seguros do Brasil vai sofrer muito. Acho que a sociedade vai passar muita dificuldade em 2009. Quem operava o crédito de longo prazo vai ter muita dificuldade, o mesmo ocorrendo com as pequenas seguradoras, os pequenos bancos. Só vai passar por esse túnel quem tiver muita responsabilidade, muito juízo e muita consciência do que está acontecendo no mundo”, analisou. Para Brandão, o cenário de dificuldade deverá se estender até 2010.

Ele espera uma desaceleração na carteira de automóveis. A queda prevista varia em torno de 3% a 4%. O mesmo deverá ocorrer em relação aos seguros de previdência complementar, avaliou.

Segundo Brandão, 2009 será marcado por muitas fusões e incorporações de empresas de seguros. Ele acredita que nos próximos dias será divulgado um grande negócio no setor, que envolverá duas das cinco maiores seguradoras brasileiras, uma das quais seria a Bradesco Seguros.

Para o presidente do Sincor/RJ, a retomada do setor de seguros no Brasil só ocorrerá a partir de 2011. Disse que a grande crise, no atual cenário mundial, é de credibilidade. “E quando essa crise de credibilidade ocorre no maior país do mundo [os Estados Unidos], o grau de ressonância dela demanda no mínimo 12 meses. Essa crise começou em 2007, está entrando em 2008, mas, na verdade, ela vai ser sentida no pequeno empresário e no pequeno consumidor em 2009″. Os efeitos da crise em termos de redução e encarecimento do crédito, falta de mercadorias e desemprego serão percebidos em 2010, prevê Brandão.

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