Surfista de Capão da Canoa desbrava Ilha de Páscoa - Litoralmania ®
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Surfista de Capão da Canoa desbrava Ilha de Páscoa

A Ilha de Páscoa, também chamada de Rapa Nui pelos nativos, é uma das ilhas mais isoladas do planeta. Considerada o “umbigo do mundo”, este pedaço de terra em formato triangular perdido em meio a imensidão do Oceano Pacífico situa-se a aproximadamente 3.700 Km da costa chilena e possui uma área não maior a 116km².

A origem do nome da ilha se dá ao fato de que sua descoberta no ano de 1722 pelo explorador holandês Jakob Roggeveen aconteceu em um domingo de páscoa e logo o achado do navegador europeu fez fama pela importante riqueza arqueológica do local, principalmente dos moais, gigantescas estátuas de pedra que até hoje intrigam os cientistas.

Porém, há um outro grande atrativo na Ilha de Páscoa: a qualidade das ondas. Grandes ou mais calmas, esta pequena ilha do Pacífico Sul proporciona picos alucinantes para a prática do surf. E foi justamente isso que o gaúcho Luis Saraiva foi descobrir em Rapa Nui.

No mês de junho, o surfista radicado em Capão da Canoa (RS) arrumou as malas, preparou seu quiver e partiu rumo às ondas de Páscoa, uma viagem que há muito tempo vinha planejando. 

“A idéia de ir para a Ilha de Páscoa pintou quando conversei com um colega de equipe, o Alemão de Maresias, que me pilhou muito para irmos juntos pegarmos as grandes. Acabamos viajando em épocas diferentes, mas ambas com onda” revelou Saraiva.

Sobre a experiência de surfar na Ilha, Saraiva diz ter sido inesquecível e que há vários tipos de ondas.

“Por lá há bastante onda grande e outras menores mas de grande qualidade. Se quiser surfar as maiores é bom estar preparado, pois elas são realmente grandes e potentes que quebram em fundo raso de lava vulcânica. Mas também tem ondas tranqüilas, é só procurar”.

Apesar de fazer a cabeça, o atleta da equipe South to South diz ter passado alguns sufocos devido a força das morras.

“A maioria do tempo que fiquei por lá foi tranqüilo. O único momento difícil foi encarar Pakaia quando estava em torno de 10 a 12 pés. A onda me segurou muito tempo embaixo da água mesmo com colete salva vidas”, comentou.

Quanto a crowd, isso não é problema. Saraiva diz que a ilha é super tranqüila e que os locais tratam muito bem os visitantes. Na água todos têm a sua vez. É só ter uma conduta de respeito que o surf rola na paz.

O gaúcho faz questão ainda de salientar que o equipamento levado na viagem foi fundamental para que a trip fosse um sucesso.

“Minhas pranchas são fabricadas pela TriCoast em Porto Alegre e são shapeadas pelo Enrico Diaz. A laminação tem tradição no estado e é uma das melhores do Brasil, sem dúvida. O shaper é meu amigo e não erra mais minhas pranchas há anos. Além disso, elas foram fabricadas com os blocos Darshan, também do Rio Grande do Sul, que vem mostrando uma evolução impressionante, estão muito leves e resistentes”, frisou Saraiva.

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