Moradores de Capão da Canoa, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, se depararam com um cenário inusitado na sexta-feira (19): fios elétricos e estruturas na orla da cidade estavam cobertos por teias de aranhas.
Um vídeo divulgado pelo internet mostrou como a infestação chamou a atenção de quem passava pelo local.
Fenômeno natural:
De acordo com o coordenador do Laboratório de Aracnologia da PUCRS, Renato Teixeira, essa manifestação é comum e ocorre quando há noites frias seguidas por dias de calor, criando correntes de ar quente. Esse fenômeno, conhecido como balonismo, favorece a dispersão das aranhas, que utilizam as teias para voar como um balão, alcançando locais mais distantes.
Dispersão eficiente:
“Se elas tivessem que se dispersar andando, a capacidade delas de ir muito longe ia ficar mais limitada. Então, quando tem essa condição do tempo favorável, elas usam essa corrente ascendente de ar para poder dispersar para uma distância mais longa”, explica o especialista.
Distância percorrida e riscos:
Teixeira ressalta que a distância percorrida pelas aranhas pode variar de alguns metros a centenas de quilômetros, dependendo da força do vento. O professor também tranquiliza a população, afirmando que a espécie presente na orla é nativa da região e não apresenta riscos à saúde humana.
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