Três novos parques eólicos vão gerar megawatts de energia no litoral
Três novos parques eólicos devem ser implantados no Rio Grande do Sul com investimentos privados de US$ 90 milhões. O secretário de Energia, Minas e Comunicações, José Carlos Elmer Brack, foi comunicado sobre o novo empreendimento em reunião ontem (22) na secretaria com dirigentes do grupo alemão Natenco e da empresa gaúcha Prowind Energias Alternativas.
Segundo os empreendedores, os três parques eólicos terão potência instalada para produção de 69 megawatts (MW). Os parques ficam localizados nos municípios de Xangri-Lá (27 MW) e Imbé (27 MW), no Litoral Norte, e Santa Vitória do Palmar (15 MW), no Litoral Sul.
O parque eólico de Xangri-Lá, denominado de projeto Fazenda Eólica Xangri-Lá, terá investimento previsto de US$ 30 milhões, e o de Imbé (projeto Fazenda Eólica de Imbé), US$ 40 milhões. O parque de Santa Vitória do Palmar (projeto Fazenda Pastoreio) recebe US$ 20 milhões.
O grupo alemão Natenco é composto pelas empresas Natural Energy Corporation GmbH e Sowitec Projekt Gmbh. Conforme o secretário Brack, os investidores planejam implantar os parques de forma independente, com capital próprio das empresas, sem a garantia de venda de energia.
A empresa Prowind desenvolve o projeto. A comercialização da energia será feita em leilões de energias alternativas da Agência Nacional de Energia elétrica (Aneel). “A Prowind entrega aos compradores da energia os parques construídos e prontos para operar”, afirma o secretário.
Em 2007, devem ser iniciadas as obras dos três parques eólicos. Os projetos já estão em fase de licenciamento ambiental, adianta o diretor comercial da Prowind, Hildo Fuchs. “A nossa intenção é iniciar as obra assim que obtivermos a liberação dos licenciamentos pelas autoridades ambientais”, afirma ele.
Durante a construção serão gerados mais de 2 mil empregos diretos. Depois, outros 300 postos para a operação dos parques, prevê Fuchs. Além de gerar energia limpa, os parques também serão pontos de atração turística, observa o diretor da Prowind. “Estamos estudando planos para instalar mirantes dentro de cada um dos parques”, explica.
Os parques de Xangri-Lá e Imbé participaram da seleção do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfa). Eles foram habilitados, mas não selecionados para a operação, observa o secretário Brack. “Isso significa que os projetos possuem condições amplas de implantação. Necessitam apenas das licenças ambientais e da outorga da Aneel”, afirma ele. O parque de Santa Vitória do Palmar também reúne todas as condições técnicas para ser desenvolvido.
A implantação dos parques eólicos é importante para o Estado. “Eles geram energia limpa, sem emissão de dióxido carbono (CO2), um dos gases formadores do efeito estufa, apontado como o grande responsável pelo aquecimento global do planeta”, observa o titular da secretaria.
Brack também destaca que a energia gerada pela força dos ventos é renovável, inesgotável e ambientalmente correta e acrescenta. “O RS já tem garantidos 386,59 MW em dez projetos habilitados no Proinfa, mas não selecionados, além de um banco de mais de mil MW de projetos em tramitação. A iniciativa é uma oportunidade para que os projetos sejam posto em prática”.