Turrão, casmurro, porém honesto

É da lavra de meu querido confrade, Jorge Vignoli, articulista deste Litoralmania, a crônica editada na quinta-feira, 3, sob o título “Genoíno”. Como de hábito, o artigo do Vignoli, uma vez mais, “bombou”!

Atrevi-me, mesmo em “férias”, acompanhar tantos e tantos de seus leitores e fazer meu comentário. Sem vaidades, e sem ser “comentarista de resultados”, fui muito feliz quando conclui que não são alguns poucos elementos (maus elementos, a ala podre, necrosada, diga-se de passagem) que hão de arruinar o PT, vez que o Partido há de ser maior.

Estou coberto de razão. sobretudo com a não surpreendente declaração de um homem que – como todo ser humano, tomou decisões gravemente equivocadas, acertadas outras tantas) –, em momento algum vendeu sua história de lutas, sua probidade por trinta tostões. Declarou, a alto e bom som: – Eu esperava um gesto maior da parte do Genoíno. “Ele deveria ter renunciado.”

Este homem, há quatro décadas vive num velho prédio numa barulhenta avenida de Porto Alegre, em companhia da mulher, Em três ocasiões, abandonou seu apartamento: nas duas vezes em que morou em Brasília, uma como deputado federal e outra como ministro, e nos anos em que ocupou o Palácio do Piratini, sede do governo gaúcho. Apesar dos diversos cargos (também foi prefeito de Porto Alegre), o sindicalista de Bossoroca, nos grotões do Rio Grande, leva uma vida simples, incomum para os padrões atuais da porção petista que se refestela no poder.

No momento em que o PT passa por mais uma (de um sem número) crise ética, que mina o resto da credibilidade da legenda, ele faz uma reflexão: “Política não é profissão, mas uma missão transitória que deve ser assumida com responsabilidade”.

Este homem – dispensa-se aqui descrever sua imensa biografia – turrão, casmurro, porém honesto, nada mais é do que o o ex-governador e ex-ministro Olívio Dutra.
Preciso dizer mais?

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