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Venezuela e Irã intensificam relações bilaterais

No momento em que é fechado um acordo sobre o enriquecimento de urânio iraniano, o governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, intensifica as relações bilaterais com o Irã. O objetivo é fortalecer os mecanismos de cooperação para combater eventuais consequências da crise econômica – que atingiu a Grécia e, em menor escala, Portugal e Espanha. As informações são da imprensa oficial venezuelana, a Agência Bolivariana de Notícias (ABN).

A parceria foi reafirmada ontem (17) entre o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Nicolás Maduro Moros. Durante reunião, no Palácio do Governo do Irã, em Teerã, as duas autoridades reiteraram a necessidade de avançar na consolidação das relações entre os dois países.

Segundo a ABN, Ahmadinejad afirmou que quer manter o intercâmbio com a Venezuela nos setores de tecnologia e indústria, além de ampliar o setor energético. Para o chanceler venezuelano, é necessário haver uma ação conjunta para evitar a contaminação da crise econômica que já afeta parte da Europa.

Para o chanceler, em breve os países europeus, atingidos pela crise econômica, deverão reagir – exatamente como ocorreu com a Venezuela há quatro décadas. “A Venezuela há 40 anos estava submergida em passividade. Não é de se admirar que os povos da Europa [atingidos pela crise] venham a despertar e reagir às contradições que se veem refletidas atualmente”, disse.

O ministro participou em Teerã, da reunião do chamado G15. O grupo reúne os chamados países não alinhados que são aqueles em desenvolvimento e que buscam autonomia. Estiveram presentes representantes dos seguintes países: Argélia, Argentina, Chile, Egito, Índia, Indonésia, Jamaica, Quênia, Nigéria, Malásia, México, Peru, Senegal, Sri Lanka, Venezuela e Zimbabue.

Paralelamente às reuniões do G15 foi definido o acordo nuclear, alinhavado pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Ahmadinejad, além do do primeiro-ministro da Turquia, Tayyiq Erdogan, os iranianos enviarão urânio levemente enriquecido a 3,5% para o território turco. Em troca o Irã receberá urânio enriquecido a 20% para servir como produto para o abastecimento de reatores nucleares.

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