Vereador de Osório classifica asfaltamento na cidade como “descaso do dinheiro público”
Veja abaixo.
Senhores (as) no dia 10, semana passada, pela manhã recebi uma dezena de ligações telefônica, de cidadãos indignados com a forma que a Secretaria de Obras realizou o asfaltamento das Ruas José Airton Jaques de Oliveira e Farroupilha, no Bairro Caravágio.
A queixa corrente dava conta de que o “asfalto” teria sido “jogado” na Rua e “espalhado” com uma retroescavadeira, sem nenhum critério e capricho.
As pessoas que me ligaram foram unânimes em afirmar que “estavam jogando dinheiro no lixo”, que “aquilo iria durar no máximo uma semana”, que “era uma vergonha o que tinham feito”, que “estavam brincando com a população”, que “o serviço demonstrava o amadorismo da Secretaria de Obras”.
Para entender o que havia acontecido que tinha deixado estes cidadãos indignados fui ao local e o que vi me deixou perplexo.
Constatei que nenhum processo de preparo para receber o revestimento asfáltico foi executado. Estou falando da varrição das Ruas, para retirar grama, lixo, podas de árvores e outros resíduos. Também se verifica, até mesmo para um leigo, que não foi realizada a pintura de ligação, que nada mais é que uma camada de material aplicada sobre uma superfície de uma base ou de revestimento, com a finalidade precípua de promover a aderência entre estas camadas e uma outra camada, no caso propiciando a aderência entre a base e o asfalto.
Utilizaram cerca de 80 toneladas de asfalto ao custo de R$ 250,00 a tonelada, totalizando o valor de R$ 30.000,00.Por isso não posso acreditar que executaram os serviços dessa forma.
Segundo soube, a máquina vibro niveladora contratada para a execução dos serviços teria quebrado. Cabe uma pergunta: qual foi a forma legal usada para a contratação desse serviço sem que houvesse a precaução de exigir a garantia na substituição imediata da máquina em caso de pane?
O asfalto foi “espalhado” inclusive sobre os resíduos sólidos que estavam depositados na lateral das Ruas. Em alguns pontos não foi colocado asfalto, pois a pavimentação antiga ainda aparece. Outros pontos apresentam rachaduras no asfalto recém-colocado.
Senhores esse infelizmente não é um caso isolado, que indica a irresponsabilidade na execução dos serviços e que gera custos exorbitantes e desnecessários, quando a administração municipal deveria primar pela economia sem descuidar da qualidade.
Cito os serviços de asfalto realizados na Av Jorge Dariva, quando da retirada do calçadão que lá existia, onde foram usadas cerca de 100 toneladas de asfalto, que foi “espalhado” com uso da patrola, pois bem, se naquele serviço, tivessem utilizado a maquina vibro niveladora teríamos economizado cerca de 50 toneladas de asfalto, ou seja, a administração municipal teria economizado mais da metade do valor gasto com a aquisição do asfalto.
Mas o que vejo de mais grave é que o valor da tonelada de asfalto utilizado nas obras de pavimentação em Osório seja de recuperação das Ruas, colocação de asfalto nas Ruas que não possuem asfalto, ou seja, no asfaltamento de estradas [Borussia, Perua e Palmital] tem o custo aumentado em cerca de 150%. O gestor público tem o dever de gerir o dinheiro público com responsabilidade, garantindo ao cidadão serviços de qualidade, mas não foi o que vi na semana passada nas Ruas José Airton Jaques de Oliveira e Farroupilha.
Não há explicação plausível e aceitável que possa justificar o que aconteceu, finalizou Caputi.