A Lagoa é sua, a Lagoa é nossa, é de quem quiser… amá-la!

A interminável luta dos indômitos integrantes do Movimento em Defesa do Parque Náutico e Lagoa dos Quadros – se é que isto lhes serve de pequeno consolo deste colunista, que a ela também se agrega –, não é única.

No Rio de Janeiro, o empresário Eike Batista – o megalômano que, para satisfazer sua vaidade, reduz suas mulheres a idólatras e temporárias “pets” (lembram-se da modelo Luma de Oliveira que ele subjugou a usar uma coleira com as iniciais EB em ouro?) – a exemplo do “privata” gaudério da Lagoa dos Quadros, está aterrorizando aos cariocas.

No final de 2009, Eike comprou a concessão da Marina do Aterro do Flamengo e “prometeu”(?) melhorá-la, informando que respeitaria as normas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Como se trata de área tombada, tem mais é  que respeitar. I

nfelizmente, começou a acontecer o contrário. Eike Batista quer tomar para si algo que pertence à sociedade: 100 mil metros quadrados do Aterro! Eike é dono do Hotel Glória, que fica em frente.

O safado pretende anexar a marina, podendo os hóspedes usar o parque com o conforto que o hotel lhes oferece. O Eike é  O cara…………………………… de pau……..

Ao longo da história de Capão da Canoa, a área da Lagoa dos Quadros sempre fora utilizada pela população, vez que concebida como pública. 

Após a emancipação, em 1982, a primeira gestão municipal desapropriou a área, tornando-a pública e criando o Parque Náutico. Iniciaram-se as obras de infraestrutura. Foi construído um píer, uma pista para campeonato de MotoCross.

Adquiriu-se um barco (Mississipi) para passeio de turistas. Diversos eventos foram realizados, destacando-se o de velas, Wind surf e o de MotoCross.

Após este período áureo, o Parque foi sendo gradativamente abandonado, ficando completamente esquecido pelo poder público, no final dos anos 80, quando ocorreu à reintegração de posse pelo desapropriado, devido ao descaso público em dar seguimento ao processo de desapropriação.

Felizmente, corações e mentes, atentos à iminente pirataria dos “privatas” em transformar aquela paradisíaca área em um desagregador condomínio fechado, criaram o Movimento em Defesa do Parque Náutico e Lagoa dos Quadros.

Muitas foram as conquistas até o mês de fevereiro último: aprovação da resolução 002/06, pelo COMDEMA, para a criação de uma unidade de conservação natural, constituída pelas duas áreas; decreto de desapropriação da 1ª área de 10 hectares remanescente do Parque Náutico; aprovação da emenda 002/09 no projeto de Lei Complementar n.º 009/07, garantindo o direito a 8% (oito por cento) de área pública e mais 2% (dois por cento) de infraestrutura aplicados nela, e escolhidos pela própria comunidade, para cada empreendimento instalado junto à Lagoa; assinatura do decreto da 2ª área remanescente do Parque Náutico pelo atual Executivo Municipal, a realizar-se no dia 05 de junho de 2009.

Durante o ano de 2009, logo após a assinatura do decreto de desapropriação da 2ª área, houve uma intensa pressão por parte do proprietário na tentativa de tentar reverter a situação. Contudo, o Movimento e as bases apoiadoras mantiveram-se mobilizadas, sinalizando ao Executivo pela continuidade do processo desapropriatório.

Recentemente (10/02/2010) foi apresentado o estudo ambiental das áreas do Parque Náutico pela empresa Agro ambiental, em audiência pública, objetivando tanto subsidiar a instrução do processo de avaliação da 1ª área quanto propiciar à comunidade escolar-acadêmica um estudo técnico-científico que servirá de base para futuras pesquisas.

No entanto, esta luta que entrará nos anais da história de Capão da Canoa, por distante, ainda, de seu final, não poderá, jamais, esmorecer!

A Lagoa dos Quadros é do povo, é da comunidade. Sepultem-se as sórdidas pretensões do “privata” gaudério.

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