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Banco do Brasil já opera varejo bancário nos Estados Unidos

O Banco do Brasil começou a operar varejo bancário nos Estados Unidos com a empresa de remessas financeiras BB Money Transfers Inc,  disse hoje (31) o vice-presidente de Negócios Internacionais e Atacado do BB, Allan Toledo.

Ele informou que a subsidiária integral do BB recebeu, em maio, autorização do Federal Reserve (Fed – banco central norte-americano) para prestar serviços de remessa financeira naquele país. Adiantou, porém, que o objetivo do banco é oferecer, no futuro, serviços financeiros básicos como depósitos, investimentos e cartões de crédito por intermédio de nova subsidiária.

A BB Money Transfers passou a oferecer o serviço de remessa financeira para o Brasil, chamado de BB Remessa, com a vantagem de crédito imediato na conta-corrente do beneficiário que tenha conta no banco. A conversão do valor em dólares para reais é automática, a taxa de câmbio é informada na hora e o dinheiro depositado na conta no Brasil em questão de segundos, inclusive nos fins de semana.

Allan Toledo considera a modalidade online um grande avanço para o trabalhador imigrante que usa o serviço de remessas para saldar os compromissos em moeda nacional, no país de origem. “Como o câmbio é feito na hora, o remetente tem controle sobre quantos reais serão depositados na conta do beneficiário no Brasil”, disse.
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O BB Remessa também é oferecido na modalidade balcão, para liquidação do contrato de câmbio no país de destino. Nessa opção, a quantia fica disponível em dólares para o beneficiário e a taxa de câmbio é informada ao remetente somente para referência, já que a taxa de câmbio efetiva será a do momento de conversão no Brasil. Essa alternativa atende a quem não tem conta no BB.

Mais uma vantagem do BB Remessa é o preço. A tarifa é compatível com o valor da remessa e varia de US$ 4,90 (mínima) a US$ 20,00 (máxima). Além da competitividade, o preço do serviço visa reduzir os custos de remessas para os trabalhadores imigrantes.

O serviço também será oferecido por agentes credenciados, identificados com a marca da BB Money Transfers, localizados em estados com maior concentração de brasileiros. Hoje, dez estabelecimentos em Connecticut, na Flórida,  em Nova Jersey e Nova York estão habilitados a realizar a operação, e a ideia, segundo Toledo, é credenciar 100 empresas de comércio até junho de 2010.

Números do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostram que o volume de transferências de imigrantes para o Brasil, no ano passado, foi de US$ 7,2 bilhões, dos quais cerca de 40% vieram dos Estados Unidos. A atuação do BB, com a criação de uma empresa própria para as remessas, visa contribuir para o bem estar das famílias e o desenvolvimento das regiões de origem dos imigrantes.

Além de ingresso de reservas cambiais no país, as transferências dos imigrantes são um componente importante da economia de algumas cidades brasileiras como a de Governador Valadares (MG), Anápolis (GO), Londrina (PR) e Ipatinga (MG) que estão entre os municípios que mais recebem remessas de brasileiros do exterior.

Presente em 23 países de quatro continentes, a rede externa do BB é composta por 15 agências, dez subagências, 12 escritórios de representação e cinco subsidiárias. Além da rede própria, o banco mantém relação de negócios com cerca de 1.400 instituições financeiras de 143 países.

De acordo com Allan Toeldo, a presença da instituição no exterior sempre foi estratégico para o Banco do Brasil, uma vez que a captação de recursos externos é o motor do financiamento do comércio externo brasileiro, e os mercados interbancário e de capitais são, historicamente, as principais fontes de funding (caixa de investimento) para esse fim.

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