Calorão no Litoral e mar mais gelado que o normal: entenda os motivos

Foto arquivo IMBÉ, RS, BRASIL, 25-02-2017, 18h02'34": Gaúchos desfrutam do mar azul, limpo e tranquilo durante o Carnaval 2017, na praia de Mariluz, no litoral norte, próximo da guarita 124 de salva-vidas. (Foto: Gustavo Roth / Fundação Piratini - TVE e FM Cultura)

A potente onda de calor que atinge o Litoral, contrasta com o mar mais gelado que o normal.

A percepção dos banhistas é confirmada com o monitoramento do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar).

Medição realizada pela Doutora em oceanografia física, química e geológica, Cacinele Mariana da Rocha apontou 21 graus no oceano, em Imbé. A aferição foi realizada na manhã deste sábado (15).

Segundo a especialista, apesar de variável, a média costuma ficar entre 23 e 24 graus, chegando a picos de 25 graus no período atual.

Uma série de possibilidades para o oceano ter perdido o calor de outrora: entre os mais sensíveis ao público, estão as noites frias e brisa intensa geradas pelo fenômeno La Niña.

— A temperatura atmosférica está mais baixa em alguns momentos, como no início da manhã e final da tarde, e assim o oceano perde temperatura gradual à noite. Quando tem vento também a pessoa sente mais frio ao sair da água, mesmo não sendo uma atribuição da água nesse caso — explicou a profissional em entrevista a Zero Hora.

A costa do Rio Grande do Sul é definida como uma “zona de convergência”, abastecida por duas correntes marítimas: as descargas subterrâneas das Malvinas, que vêm do sul e carrega água fria, e a Corrente do Brasil, com água de temperatura superior – esta, destaque no mar gaúcho nos últimos dias de 2021, com predominância de uma bacia morna e de tons cristalinos.

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