Cheia de 2023 em cidade do RS é a maior em 150 anos, aponta estudo técnico

Vale do Taquari foi uma das regiões mais atingidas pelos temporais - Foto: Maurício Tonetto/Secom

Um estudo técnico recente, conduzido por pesquisadores da Universidade do Vale do Taquari – Univates, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Ufrgs e do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), apresentou conclusões surpreendentes sobre a cheia de 2023 em Lajeado.

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A pesquisa, que revisou toda a série histórica de cheias entre 1939 e 2023, identificou 2023 como o ano com as duas maiores inundações já registradas na bacia hidrográfica Taquari-Antas.

Os dados revelaram que a cheia de setembro de 2023 superou a marca da inundação de 1941 em 66 cm, tornando-se a maior registrada em pelo menos 150 anos.

Além disso, a cheia de novembro de 2023 igualou-se à de 1941, colocando 2023 como o ano com duas das três maiores inundações na história de Lajeado.

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Os pesquisadores destacam a importância desses dados para o planejamento urbano e para a compreensão dos impactos das cheias ao longo dos anos.

Recomendam estudos mais detalhados do comportamento do rio Taquari durante cheias de grande magnitude, além da elaboração e disponibilização de cartas-enchente para a população avaliar melhor os riscos de inundação.

Essas medidas são essenciais para a implementação de ações preventivas e de mitigação de desastres, bem como para o enfrentamento dos desafios impostos pelas mudanças climáticas.

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A pesquisa ressaltou a necessidade de uma estimativa mais precisa do nível máximo atingido pelo rio Taquari durante a cheia de 1873, em um trabalho que ainda está em andamento.

Os pesquisadores alertam que, embora a cheia de 1941 não tenha atingido os 29,92 metros frequentemente citados, não é improvável que o rio possa atingir esse nível em futuras cheias.

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Esses resultados enfatizam a importância de dados históricos e de longo prazo para o entendimento das cheias e para o desenvolvimento de medidas eficazes de prevenção e mitigação de desastres.

A pesquisa também destaca a relevância de preservar a memória das inundações passadas, garantindo que as futuras gerações tenham acesso a informações importantes sobre eventos que moldaram a comunidade local.

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