Criado Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia no CTI/FURG

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o projeto de lei que cria 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia, fazendo surgir um novo modelo de ensino médio profissional no país. No Rio Grande do Sul serão três institutos federais que, juntos, serão capazes de atender a 27.600 estudantes. O Colégio Técnico Industrial-CTI Prof. Mário Alquati da Universidade Federal do Rio Grande-FURG sediará um dos campi do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, que terá sedes também nas cidades de Bento Gonçalves, Canoas, Caxias do Sul, Osório, Erechim, Porto Alegre e Sertão.

Os demais institutos gaúchos são o Riograndense, que terá campi em Pelotas, Sapucaia do Sul, Charqueadas, Passo Fundo, Venâncio Aires, Camaquã e Bagé e o Instituto Federal Farroupilha, que atenderá à população das cidades de Alegrete, Júlio de Castilhos, Panambi, Santa Rosa, São Borja, Santo Augusto e São Vicente do Sul.

Os institutos integram o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e aumentam o número de vagas em cursos técnicos de nível médio, em licenciaturas e em cursos superiores de tecnologia. Criados a partir da rede federal de educação profissional existente (cefets, agrotécnicas e escolas vinculadas a universidades), os institutos nascem com 168 campi e chegarão a 2010 com 311. No mesmo período, as vagas pularão de 215 mil para 500 mil.

Cursos

Metade das vagas serão destinadas ao ensino médio integrado e ao profissional, dando ao jovem uma possibilidade de formação já nesta etapa do ensino. Na educação superior, haverá destaque para os cursos de engenharias e bacharelados tecnológicos (30% das vagas). E outros 20% serão reservados para licenciaturas em ciências da natureza, onde o Brasil apresenta grande déficit de professores em física, química, matemática e biologia. Ainda serão incentivadas as licenciaturas de conteúdos específicos da educação profissional e tecnológica, como a formação de professores de mecânica, eletricidade e informática.

Os institutos ainda terão forte inserção na área de pesquisa e extensão, estimulando o desenvolvimento de soluções técnicas e tecnológicas e estendendo seus benefícios à comunidade. Os institutos federais terão autonomia, nos limites de sua área de atuação territorial, para criar e extinguir cursos, bem como para registrar diplomas dos cursos por ele oferecidos, mediante autorização do seu Conselho Superior. Ainda exercerão o papel de instituições acreditadoras e certificadoras de competências profissionais. Cada instituto federal é organizado em estrutura com vários campi, com proposta orçamentária anual identificada para cada campus e reitoria.

“Estamos oferecendo ao país um novo modelo de instituição de educação profissional e tecnológica, aproveitando o potencial da rede existente. Os institutos responderão de forma mais ágil e eficaz às demandas crescentes por formação de recursos humanos, difusão de conhecimentos científicos e suporte aos arranjos produtivos locais”, diz Eliezer Pacheco, secretário de educação profissional do MEC.

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