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Dívida do Estado teve redução de mais de R$ 1 bilhão

A governadora Yeda Crusius entregou, nesta quinta-feira (15), ao presidente em exercício da Assembleia Legislativa, Marquinho Lang, o Balanço Geral do Estado de 2009, elaborado pela Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage). “Fechamos as contas públicas na virtuosidade”, afirmou Yeda. “São excelentes números que quero compartilhar não só com a equipe de Governo, mas com todo o Rio Grande do Sul”, completou.

Pela primeira vez na história, destacou a governadora, a dívida de longo prazo do Estado teve redução. “São três anos vividos com superávit, com a participação fundamental do Banrisul. Celebramos o equilíbrio e os investimentos”, completou.

Informações no Balanço Geral de 2009 mostram que a dívida de longo prazo do Estado apresentou redução de 3,1%, passando de R$ 38,2 bilhões em 2008 para R$ 37,1 bilhões em 2009. Isso se deve aos pagamentos feitos rigorosamente em dia, sem que o Estado tivesse de arcar com acréscimos por atrasos, ao processo de reestruturação, feito em operação com o Banco Mundial que permitiu a troca de indexadores maiores por menores e a redução de indexadores como IGP-DI e dólar.

Outro ponto demonstrado no Balanço é que a relação entre Dívida Consolidada Líquida (DCL) e Receita Corrente Líquida (RCL) segue descendente. Em 2009, ela foi de 219%, ficando pelo segundo ano consecutivo abaixo do limite, que foi de 234% para o ano. Em 2008, pela primeira vez, o Estado se enquadrou na trajetória do limite imposto por Resolução do Senado Federal para os limites da dívida em relação à receita, uma exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal. Naquele ano, a relação ficou em 234%, abaixo do limite exigido de 238%. “O Executivo mostra respeito por essa Casa ao prestar contas oferecendo elementos técnicos e dados completos para o debate entre os deputados”, afirmou Lang.

Para o secretário da Fazenda, Ricardo Englert, apesar de 2009 ter sido um ano de dificuldades, o Rio Grande do Sul, mais uma vez, fechou as contas com déficit zero, a exemplo do ocorrido em 2008. “Isso demonstra que estamos conseguindo fazer do ajuste fiscal um valor a ser preservado no Estado, com a colaboração de todos os órgãos e Poderes.”

Superávit comprova acerto do Governo

Incluídos os cerca de R$ 4,9 bilhões das operações intraorçamentárias (transações que os órgãos da Administração Direta e Indireta realizaram entre si), a receita orçamentária total do Estado em 2009 foi de R$ 28.565,5 milhões e a despesa total foi de R$ 28.555,1 milhões, resultando, portanto, num superávit de R$ 10,4 milhões.

A crise econômica de 2009 afetou a receita do Estado. Não computando as receitas e despesas intraorçamentárias, o Balanço mostra que as receitas ficaram cerca de R$ 910 milhões abaixo da receita prevista na Lei de Orçamento. Para manter o equilíbrio orçamentário, o Governo contingenciou a despesa prevista em cerca de R$ 914,1 milhões. Assim, o superávit primário ficou em R$ 1.627,5 milhões, que foi fundamental para a manutenção do equilíbrio fiscal.  A receita do ICMS, principal tributo gaúcho, foi de R$ 15.028,7 milhões em valores corrigidos até dezembro de 2009, sendo praticamente igual à de 2008 (R$ 15.028,4 milhões, também em valores corrigidos).

O maior gasto do Estado, que é com pessoal e encargos, pelo critério adotado pelo Tribunal de Contas do Estado, ficou em 49,4% da Receita Corrente Líquida, bem abaixo do limite de 60% previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. Em comparação com o ano anterior, o Estado gastou em 2009 cerca de R$ 1,1 bilhão a mais com Pessoal e Encargos, incluindo ativos, inativos e pensionistas.

Yeda compareceu à Assembleia acompanhada do secretário da Fazenda, Ricardo Englert, do chefe da Casa Civil, Bercílio Silva, e da Casa Militar, coronel Marco Antônio Quevedo.

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