Em reunião pública na cidade de Torres nessa segunda-feira (25), a Secretaria Estadual do Meio Ambiente ouviu as preocupações da comunidade relativas ao Plano de Manejo do Parque Estadual de Itapeva. Segundo o secretário adjunto Francisco Simões Pires, “uma das nossas propostas é ouvir as preocupações, os anseios das comunidades para a construção do desenvolvimento ambiental com a participação popular”, afirmou Simões Pires
O prefeito João Alberto Machado Cardoso falou que desde 2002, quando o Parque Itapeva foi criado por decreto, a prefeitura vem discutindo com os técnicos da secretaria a sua implantação, e agora a comunidade teve a oportunidade de participar de uma reunião para questionamentos sobre as definições do Plano de Manejo.
Os biólogos da Fundação Zoobotânica Glayson Bencke e Marcelo Duarte apresentaram o Plano de Manejo, que define as normas para o uso e manejo e as estruturas físicas necessárias para o funcionamento da unidade de conservação. “O plano é um documento inicial que pode ser melhorado, e seu principal enfoque é a questão fundiária”, afirmou Duarte. “É importante que a comunidade aprenda as vantagens de ter um parque, que pode ser aproveitado para o turismo”, acrescentou.
Preservação
O Plano de Manejo destaca que o parque é de extrema importância para a conservação da Mata Atlântica. Itapeva é rico em biodiversidade na fauna e na flora, na sua área relativamente pequena de 1 mil hectares. Apresenta em torno de 800 espécies de plantas, sendo 67 ameaçadas de extinção. Na fauna, 21 espécies ameaçadas encontram abrigo no Parque.
Técnicos da prefeitura de Torres expuseram questões que aguardam definições, como o estabelecimento do marco físico dos limites do parque, a relação do Plano de Manejo com o Plano Diretor do município, a efetiva regularização fundiária da área e a definição das culturas agrícolas permitidas próximas ao Parque, entre outras.
Um participante afirmou que o Plano de Manejo preocupou-se com a fauna e flora, mas esqueceu do homem. Simões Pires esclareceu que o plano prevê a inserção do homem na unidade de conservação, por meio das atividades de educação ambiental e de lazer no camping lá existente.
O secretário adjunto propôs uma reunião do Conselho Consultivo em julho, com todos os membros, para os encaminhamentos necessários.
