Mano Changes alerta que o crack já se tornou uma epidemia social

Através de dados estatísticos e da utilização de uma linguagem identificada com a juventude, o deputado consegue transformar alunos das escolas estaduais em multiplicadores de informações sobre os males físicos, emocionais e comportamentais ocasionados pelo uso do crack.

“Apesar de ter entrado há apenas seis anos no Rio Grande do Sul o crack, ou melhor a violência gerada pelo uso do crack, já é responsável pela morte de seis jovens por dia. Isto significa o dobro dos óbitos diários de jovens em  acidentes de trânsito”. Está é uma das muitas informações que o deputado Mano Changes (PP) vêm transmitindo aos milhares de alunos da rede pública de ensino estadual que tem assistido suas palestras sobre o crack, realizadas em todas as regiões do Estado.

Foi o que fez no dia 2 de dezembro, em Torres, quando palestrou para mais de 300 alunos da escola estadual de ensino fundamental Justino Alberto Tietboehl. Nela, repetiu a constatação que tem observado nas suas andanças pelo território gaúcho: o crack já se transfomou numa epidemia social.

“Em sua sina de destruição o crack não respeita sexo, posição social, classe econômica, grau de instrução, etc. E seu uso já não está mais restrito a periferia, já atingiu a capital e as cidades do interior”, ressaltou o parlamentar. Segundo Mano Changes, dados médicos do Hospital São Pedro indicam que de cada 10 pacientes que procuram a emergência psiquiátrica, 7 são usuários de crack vindo do interior.

Para o deputado progressista, esse avanço desenfreado da droga pelo Estado está resultando na diminuição da expectativa de vida dos usuários de crack de 76 para 20 anos. “Diante de um quadro terrível como este, o combate efetivo ao crack só acontecerá se houver o envolvimento de toda a sociedade na implementação de ações preventivas”, declarou Changes.

Para tanto, sugere a formação de uma Rede Comunitária de Solidariedade, integrada por todos os segmentos da sociedade organizada a partir da criação de um banco de voluntários dispostos a lutar contra a drogadição. “A intenção é de que estes voluntários se especializem na prevenção e combate à droga e no tratamento e reinserção social dos dependentes”, afirma Mano Changes.

Uma vez especialistas, os voluntários atuarão junto as lideranças locais, repassando informações sobre os malefícios do crack, transformando-os em multiplicadores destas informações junto as comunidades em que atuam. “Com a informação, a ação traficantes ficará prejudicada, pois encontrarão pela frente jovens esclarecidos que saberão resistir a curiosidade de experimentar o crack”, enfatizou o deputado.

Dentre as ações concretas para a prevenção, Mano Changes sugere a implantação do sistema de educação integral, onde as escolas disponibilizariam aos alunos, nos horários extraclasse, atividades de seu interesse. Essas oficinas seriam de música, esportes, inclusão digital e outras mais. Para tanto, como complementação de sua palestra, o parlamentar, através do Dj, Nitro Di, ex-integrande da banda gaúcha de rap “Da Guedes”, apresenta o projeto “Hip Hop na Escola”.

Segundo Nitro Di, essa cultura surgida na periferia das grandes cidades tem um forte apelo junto ao público jovem, fato este que, se disponibilizado pelas escolas, iria tornar a escola mais atrativa para os alunos reduzindo, significativamente, o apelo negativo vindo das ruas (drogas, violência, prostituição, etc). O encerramento da palestra se dá justamente através da apresentação de algumas músicas cujas letras falam dos malefícios gerados pelas drogas, especialmente o crack. Como complementação das palestras são entregues cartilhas educativas sobre o crack e o projeto “Hip Hop na Escola”.

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