Presidente do Grupo CEEE defende uso da rede elétrica para acesso à internet

“O uso das redes elétricas para permitir o acesso à internet, muito mais que uma oportunidade de negócios, é o exercício de cidadania. Precisamos potencializar os milhares de quilômetros de linhas e redes elétricas para a universalização da internet”. A declaração foi feita pelo presidente do Grupo CEEE, Delson Martini, nesta quinta-feira (5) durante a abertura do VIII Seminário de Tecnologia Power Line Communications (PLC), em Porto Alegre. O evento, que ocorre até esta sexta-feira (06), é promovido pelo Grupo CEEE, Procempa e Forum Aptel Brasil PLC, e organizado pela Associação de Empresas Proprietárias de Infra-estrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações (APTEL).

Delson Martini salientou que, nos 72 municípios pertencentes à área de abrangência da CEEE, ainda existem 50 mil pessoas sem energia e que os investimentos em infra-estrutura já realizados permitem que a inclusão também se faça presente através do acesso à informação pela rede elétrica.

“Um novo ciclo de investimentos se dará quando iniciar a discussão sobre a universalização do uso da internet pela rede elétrica”, disse. Ele alertou para a necessidade de um marco regulatório, a fim de que as empresas de energia possam utilizar os milhares de quilômetros de redes elétricas, já instaladas, a serviço da internet.

Para o secretário de Logística e Tecnologia de Informação, do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, o grande desafio futuro será “tornar a capital gaúcha num centro de excelência sobre a tecnologia PLC, exportando conhecimentos e informações sobre o assunto a todo o País”.

Segundo ele, a consolidação dessa tecnologia necessita de soluções eficazes, caseiras e economicamente viáveis, adaptadas à realidade brasileira. “O PLC da Restinga está contribuindo significativamente para essa avaliação, aponta para uma solução”, diz ele.

Projeto piloto
O exemplo citado pelo secretário é o projeto piloto implantado, no final de 2006, em conjunto pela CEEE, Procempa, UFRGS e Senai no bairro Restinga, em Porto Alegre. Com mais de 3,5 quilômetros, a rede é a maior em extensão do País, em média e baixa tensões, para fins de inclusão social. São transmitidos dados, voz e imagem, com conexão em banda larga. Desde sua implementação, a iniciativa vem recebendo instituições do Brasil e da América Latina, interessadas na aplicação da tecnologia em suas localidades.

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