Presidente interino diz que Chávez está com “a força de sempre”
Maduro informou ainda que o presidente venezuelano quis saber detalhes sobre a situação econômica e política do país. “O presidente tem uma força gigantesca e ele está enfrentando essa batalha com tal força, assim como o nosso povo.”
Chávez foi submetido a uma cirurgia para a retirada de um tumor maligno na região pélvica, no último dia 11. Há poucas informações sobre o estado geral de saúde dele, mas as autoridades venezuelanas confirmaram que ele teve hemorragia durante a cirurgia, além de uma infecção respiratória, e que nos últimos dias houve um agravamento do quadro.
Porém, ontem (1º) informações não oficiais indicavam que Chávez havia piorado devido a uma febre incessante e a dificuldades em reagir ao tratamento pós-operatório, inclusive que estaria em coma induzido. No entanto, Maduro, que está em Cuba desde o dia 29, negou as informações e acusou a oposição de divulgar as especulações sobre o agravamento do estado de saúde de Chávez.
“Aquele que não conhece o respeito não tem limites. Essa direita local pensa que o povo [venezuelano] é descontrolado e quer converter o amor [do povo] em raiva a seu favor. Nós dizemos ao nosso povo para ter confiança no trabalho que está sendo feito. Temos fé e esperamos que o presidente vai continuar a evoluir”, ressaltou Maduro.
O presidente interino da Venezuela acrescentou que Chávez tem consciência da complexidade do estado geral de saúde. “[O presidente Chávez] está ciente da complexidade do estado pós-operatório”, ressaltou. “O comandante Chávez nos pediu expressamente para manter o povo informado sempre com a verdade, por mais difícil que fosse. O presidente está em tratamento e sabe que a situação é complexa. Nos últimos dias apresentou melhoras e momentos de estabilidade.”
Em 18 meses, Chávez foi submetido a quatro cirurgias em decorrência do câncer. Desde 2011, ele luta contra a doença e chegou a anunciar que estava curado. Mas, no começo de dezembro de 2012, veio a público para informar que o tumor havia reincidido e que era para a população venezuelana estar preparada. Também pediu apoio à eventual gestão de Maduro.