Projeto Olho no Óleo mobiliza escolas em Santo Antônio

O Departamento Municipal de Meio Ambiente está promovendo o Projeto Olho no Óleo em Santo Antônio da Patrulha. Lançado junto a Secretaria Municipal de Educação, o projeto, que visa à conscientização e preservação,  irá gerar renda nas aquisições de material didádico às escolas participantes.

De acordo com os idealizadores do projeto, inicialmente são seis escolas engajadas: Escola Municipal Nercy Rosa, Escola Municipal Santa Inês, Escola Municipal Madre Teresa e Escola Municipal Nossa Senhora de Fátima. A idéia é ampliar com as demais escolas do município.
Conforme o diretor do departamento de meio ambiente, Alexandre Gomes, o óleo vegetal será recolhido pela própria comunidade e entregue nas escolas em garrafas PET. Assim, o produto será acondicionado em bambonas especificas e encaminhado para tratamento e reutilização. A empresa responsável pelo recolhimento do óleo pagara às escolas o valor de R$ 0,15 por kg recolhido.

A maioria dos óleos vegetais usados tem como destino principal os sistemas de esgotos, solução que não é adequada ao meio ambiente, de acordo com Alexandre. “Na realidade, a descarga de águas residuais contendo óleos alimentares usados nas redes de esgoto tem como conseqüência a diminuição da concentração de oxigênio presente nas águas superficiais, devendo-se tal situação principalmente ao fato deste tipo de águas residuais conterem substâncias consumidoras de oxigênio (matéria orgânica biodegradável), que ao serem descarregadas nos cursos de água, além de contribuírem para um aumento considerável da carga orgânica, conduzem em curto prazo, a uma degradação da qualidade do meio receptor”, acusou o diretor.

Além disso, Alexandre adianta que a presença de óleos e gorduras nos efluentes de águas residuais provoca um ambiente desagradável com graves problemas ambientais de higiene e mau cheiro, provocando igualmente impactos negativos na fauna e flora. “Quando se descarta o óleo na rede de coleta de esgotos, parte deste óleo adere às paredes e absorve outras substâncias”, revelou.

Por sua vez, as estações de tratamento também não estão preparadas para receber a enorme quantidade de óleo de cozinha despejado pela população. Segundo o diretor, o despejo do óleo em lixões, onde muitas vezes é enterrado com os demais resíduos, pode contaminar o lençol freático. Neste caso, os danos ao meio ambiente são incalculáveis. “Para se ter uma idéia, um litro de óleo contamina cerca de um milhão de litros de água. Isso acontece porque, apesar de o óleo vegetal se dispersar em uma camada muito fina sobre a água, é suficiente para prejudicar a transferência do oxigênio na interface ar-água”, completa Alexandre.

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