Réu não aparece e perícia investiga se houve terceiro tiro no caso Tairone em Osório (veja simulação, segundo testemunha)

O réu Alexandre Abe não esteve no local do crime, onde foi assassinado o boxeador Tairone Silva, como era esperado por todos, na tarde desta sexta-feira, em Osório. A perícia investigou apenas se houve ou não um terceiro tiro.

De acordo com o advogado da vítima, Carlos Eduardo Fogaça Lisboa, uma resposta equivocada de um ofício fez com que todos pensassem que seria feita uma reconstituição do fato, o que acabou não acontecendo.

Abe chegou a ser trazido para a cidade, ficando recolhido na Penitenciária Modulada de Osório, caso houvesse a necessidade da sua presença. Ele deve retornar para o Presídio Central.

O Litoralmania também conversou com o delegado Celso Ferri.  Segundo ele, a perícia só serviu para exaltar os ânimos, pois todos os fatos do crime já estão esclarecidos.

Centenas de pessoas acompanharam toda a movimentação (foto) durante parte da tarde.

Veja abaixo a simulação do crime, segundo um adolescente, testemunha do assassinato que diz ter havido um terceiro tiro e não apenas dois.

Réu não aparece e perícia investiga se houve terceiro tiro no caso Tairone em Osório (veja simulação, segundo testemunha)

Adolescente disse estar sentado no pátio de uma casa ao lado do crime e por isto viu tudo.

Réu não aparece e perícia investiga se houve terceiro tiro no caso Tairone em Osório (veja simulação, segundo testemunha)

Tairone, representado pelo homem com casaco preto caminhava pela rua.

Réu não aparece e perícia investiga se houve terceiro tiro no caso Tairone em Osório (veja simulação, segundo testemunha)

Alexandre Abe, em frente a sua casa, representado pelo homem em frente ao portão, vê o boxeador passar.

Réu não aparece e perícia investiga se houve terceiro tiro no caso Tairone em Osório (veja simulação, segundo testemunha)

Réu não aparece e perícia investiga se houve terceiro tiro no caso Tairone em Osório (veja simulação, segundo testemunha)

Abe, então, atira contra o boxeador.

Réu não aparece e perícia investiga se houve terceiro tiro no caso Tairone em Osório (veja simulação, segundo testemunha)
Tairone cai no chão.

Réu não aparece e perícia investiga se houve terceiro tiro no caso Tairone em Osório (veja simulação, segundo testemunha)

Abe teria chegado perto da vítima e segundo a testemunha neste momento efetuado o segundo e o terceiro tiro que acabou errando.

Réu não aparece e perícia investiga se houve terceiro tiro no caso Tairone em Osório (veja simulação, segundo testemunha)
Tairone morre.

Réu não aparece e perícia investiga se houve terceiro tiro no caso Tairone em Osório (veja simulação, segundo testemunha)

Réu não aparece e perícia investiga se houve terceiro tiro no caso Tairone em Osório (veja simulação, segundo testemunha)
Dois buracos no asfalto que segundo a testemunha um deles seria o terceiro tiro.

O caso

O jovem boxeador foi a morto à tiros pelo Policial Militar Alexandre Abe, no dia 11 de março, na Rua Farrapos.

Abe chegou a levar o boxeador, já sem vida, para o hospital depois de dar os disparos. Em seguida, se apresentou à Delegacia Polícia, onde confessou o crime.

Na ocasião, o policial militar alegou ter efetuado os disparos em legítima defesa.

Pouco antes do crime

Horas antes de ser assassinado, na manhã da sexta-feira, dia 11, Tairone Silva esteve na Prefeitura de Osório, com a sua mãe Cláudia, pedindo ao prefeito ajuda de custo com passagens aéreas.

Na ocasião, ele concedeu uma entrevista para a Assessoria de Comunicação da prefeitura. Apesar da distância da família, Tairone se dizia feliz no Rio de Janeiro, para onde retornaria.

“É uma experiência boa, a gente aprende várias coisas”, disse Tairone. A sua mãe, Cláudia Silva, se dizia orgulhosa do filho. “O coração fica meio apertado, mas ao mesmo tempo é uma felicidade, ele está fazendo algo que gosta”, disse a mãe na ocasião.

Desde fevereiro, o jovem estava no Rio de Janeiro, treinando no Cefam, Centro Esportivo da Marinha, onde se preparava para lutar no Panamericano.

Título

No último dia 16 de fevereiro, o boxeador do município de Osório, tornou-se Campeão Sul Americano, no Chile, ao vencer a final do torneio e ainda se destacar como o atleta com nocautes mais rápidos da competição.

Em Iquique, no Chile, durante o Campeonato Internacional de Boxe Verano 2011, foram necessários apenas 13 segundos para que o árbitro interrompesse o combate e confirmasse a vitória de Tairone Silva, 75 kg, sobre o chileno Daniel Parra.

Um direto disparado pelo brasileiro jogou o chileno ao solo que tentou retornar ao combate, mas sem condições foi detido pelo árbitro que decretou a vitória de Tairone.

O treinador do atleta era o técnico Anildo Pereira.

Acusado Injustamente

Um adolescente chegou a ser acusado injustamente de ter cometido o crime. De acordo com a mãe do jovem, a polícia chegou a algemar seu filho e levá-lo preso. Sendo liberado após a mãe da vítima ter afirmado que não foi ele o culpado.

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