Réu não aparece e perícia investiga se houve terceiro tiro no caso Tairone em Osório (veja simulação, segundo testemunha)
De acordo com o advogado da vítima, Carlos Eduardo Fogaça Lisboa, uma resposta equivocada de um ofício fez com que todos pensassem que seria feita uma reconstituição do fato, o que acabou não acontecendo.
Abe chegou a ser trazido para a cidade, ficando recolhido na Penitenciária Modulada de Osório, caso houvesse a necessidade da sua presença. Ele deve retornar para o Presídio Central.
O Litoralmania também conversou com o delegado Celso Ferri. Segundo ele, a perícia só serviu para exaltar os ânimos, pois todos os fatos do crime já estão esclarecidos.
Centenas de pessoas acompanharam toda a movimentação (foto) durante parte da tarde.
Veja abaixo a simulação do crime, segundo um adolescente, testemunha do assassinato que diz ter havido um terceiro tiro e não apenas dois.
Adolescente disse estar sentado no pátio de uma casa ao lado do crime e por isto viu tudo. |
Tairone, representado pelo homem com casaco preto caminhava pela rua. |
Alexandre Abe, em frente a sua casa, representado pelo homem em frente ao portão, vê o boxeador passar. |
Abe, então, atira contra o boxeador. |
Tairone cai no chão. |
Abe teria chegado perto da vítima e segundo a testemunha neste momento efetuado o segundo e o terceiro tiro que acabou errando. |
Tairone morre. |
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O jovem boxeador foi a morto à tiros pelo Policial Militar Alexandre Abe, no dia 11 de março, na Rua Farrapos.
Abe chegou a levar o boxeador, já sem vida, para o hospital depois de dar os disparos. Em seguida, se apresentou à Delegacia Polícia, onde confessou o crime.
Na ocasião, o policial militar alegou ter efetuado os disparos em legítima defesa.
Pouco antes do crime
Horas antes de ser assassinado, na manhã da sexta-feira, dia 11, Tairone Silva esteve na Prefeitura de Osório, com a sua mãe Cláudia, pedindo ao prefeito ajuda de custo com passagens aéreas.
Na ocasião, ele concedeu uma entrevista para a Assessoria de Comunicação da prefeitura. Apesar da distância da família, Tairone se dizia feliz no Rio de Janeiro, para onde retornaria.
“É uma experiência boa, a gente aprende várias coisas”, disse Tairone. A sua mãe, Cláudia Silva, se dizia orgulhosa do filho. “O coração fica meio apertado, mas ao mesmo tempo é uma felicidade, ele está fazendo algo que gosta”, disse a mãe na ocasião.
Desde fevereiro, o jovem estava no Rio de Janeiro, treinando no Cefam, Centro Esportivo da Marinha, onde se preparava para lutar no Panamericano.
Título
No último dia 16 de fevereiro, o boxeador do município de Osório, tornou-se Campeão Sul Americano, no Chile, ao vencer a final do torneio e ainda se destacar como o atleta com nocautes mais rápidos da competição.
Em Iquique, no Chile, durante o Campeonato Internacional de Boxe Verano 2011, foram necessários apenas 13 segundos para que o árbitro interrompesse o combate e confirmasse a vitória de Tairone Silva, 75 kg, sobre o chileno Daniel Parra.
Um direto disparado pelo brasileiro jogou o chileno ao solo que tentou retornar ao combate, mas sem condições foi detido pelo árbitro que decretou a vitória de Tairone.
O treinador do atleta era o técnico Anildo Pereira.
Acusado Injustamente
Um adolescente chegou a ser acusado injustamente de ter cometido o crime. De acordo com a mãe do jovem, a polícia chegou a algemar seu filho e levá-lo preso. Sendo liberado após a mãe da vítima ter afirmado que não foi ele o culpado.