Uma nova ordem

“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim” – Chico Xavier.

Quando o tabu da virgindade foi caindo até ruir por completo, os parâmetros para se medir a pureza de uma jovem deixou de ser o hímem e passou a ser seu comportamento e sua sinceridade. Ou seja, de um atributo físico para um atributo moral, o que é muito mais convincente, mas também, muito mais difícil de aquilatar.

Estamos enfrentando uma nova ordem e mudança na sociedade conhecida. O liberalismo das mulheres. Cada vez mais elas assumem as próprias rédeas de suas vidas, sendo jovens ou de meia idade. A jovem não querendo assumir compromissos definitivos e as de meia idade deixando seus compromissos de lado seja com um divórcio ou uma separação. Até na morte do cônjuge elas se sentem livres para conhecerem um lado da vida que não conheciam. A liberdade de poderem fazer do jeito que querem e como querem.

Louvável atitude e merecida, depois de séculos servindo a seus maridos e filhos. Mas uma pergunta paira sobre esta atitude: como será que enfrentarão a época em que seus vôos vão ser mais curtos e o aconchego de uma casa será mais interessante do que um papo com as amigas em um bar ou uma boate? Ou mesmo que novas aventuras amorosas? Os homens já experimentaram esta fase e vêem experimentando até hoje. O aconchego do lar com uma companheira do lado é bem mais reconfortante do que a solidão.

Alguém com quem compartilhar as pequenas descobertas, os pequenos prazeres, ou até aquela viagem a muito programada, mas nunca realizada. Será que elas poderão, ao chegar nesta fase, estarem com a mesma disposição que tem hoje para viverem sozinhas?

Dizem que a família, e por família entende-se os filhos e netos, estarão por perto para fazer-lhes companhia. Será a mesma coisa? Afinal eles também têm suas vidas, seus compromissos e o “vou passar na mãe pra ver se ela está bem” será realmente só uma passagem rápida.

É, uma nova ordem está surgindo. As mulheres de meia idade, cada vez em maior número, estão aderindo. Os homens acham que elas têm o direito de assim proceder, mas sentem falta do aconchego que elas davam no outono de suas vidas.

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