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União trata o RS como cliente de caderno, diz Alceu Moreira

05c75644063e057adeb97236a9fbfe9d“A União trata o Rio Grande como se fosse um cliente de caderno no boteco da esquina. Mas não é um cliente, são 10 milhões de gaúchos prejudicados por burocratas, por motoristas de carimbo”, criticou o deputado federal Alceu Moreira (PMDB/RS), em audiência convocada pela comissão de Finanças da Câmara para ouvir o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, nesta terça-feira, 1º.
“O RS recebeu R$ 9,7 bilhões em 1998, já pagou mais de R$ 21 bilhões e ainda deve mais de R$ 49 bilhões”, denunciou o deputado, que recordou que “o ministro foi diretor de banco e sabe que quando alguém não pode pagar o gerente chama para renegociar”.

Desde o começo do contrato, há 16 anos, o RS pagou 56% de juros ao ano, ou seja, muito acima das taxas de inflação, da poupança, do IPCA (utilizado amplamente pelo governo) e até dos parâmetros usados para renegociar dívidas de sonegadores.

”As taxas cobradas são maiores do que qualquer agiota cobra. Para Cuba, Venezuela e Bolívia o governo federal aplica 4% de juros. Já para o RS, além de não renegociar, ainda sequestra recursos mesmo sem arcar com suas dívidas, como os repasses de R$ 3 bilhões anuais estimados da reposição das exportações”, completou Alceu Moreira.

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