Vento ganha muita força nesta quinta: ciclone atipicamente intenso, alerta MetSul

Imagem: arquivo

O primeiro dia da atuação do ciclone no estado nesta quarta, quando o sistema se formou sobre o Rio Grande do Sul, foi marcado por chuva volumosa e tempestades severas de granizo e vento.

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Milhares de casas tiveram danos por granizo, especialmente em Sobradinho, e vendavais deixaram destruição depois no Noroeste.

Nesta quinta, o vento não é de temporal. É de circulação ciclônica, em que as rajadas fortes a intensas duram horas seguidas.

Dr. Sander Fridman - 16/11

No começo da noite desta quarta, os ventos ciclônicos começavam a ser sentidos no estado, inicialmente pelo Sul, a Campanha e o Oeste. Até 19h, as rajadas já atingiam 76 km/h em Bagé, 71 km/h em Dom Pedrito e 70 km/h no Chuí.

Diferentemente da maioria dos ciclones em que o vento intenso se concentra no Sul e no Leste do estado, o vento nesta quinta será forte a intenso em grande parte do estado com rajadas de 60 km/h a 90 km/h na maior parte dos municípios, o que trará enorme impacto no setor elétrico.

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Cidades do Centro, da Campanha, do Oeste e do Norte do estado terão rajadas de 70 a 90 km/h. No Sul gaúcho, em muitos pontos, de 80 a 100 km/h e isoladamente superiores.

Setores dos litorais gaúcho e catarinense podem ter vento de 100 km/h a 120 km/h e isoladamente superiores, da mesma forma como as áreas de maior altitude do Leste de Santa Catarina, na Serra, terão vento acima de 120 km/h, alerta a MetSul.

O ciclone será muito intenso e estará perigosamente perto da costa, projetando-se centro de 989 hPa (pressão baixíssima) logo a Leste de Mostardas sobre o mar de manhã. Aí está uma mudança importante.

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Os modelos, em geral, até terça, indicavam o sistema pouco mais longe da costa. Agora, o sistema com grande intensidade, estará muito perto do litoral e isso nos faz aumentar as projeções de vento.

Em Porto Alegre, rajadas em média de 80 km/h a 90 km/h, mas alguns pontos, sobretudo ao Sul da cidade, podem ter mais de 100 km/h. No extremo Sul, em Itapuã, assim como na Lagoa dos Patos, as rajadas passam de 100 km/h.

No Litoral, de Sul a Norte, na maior parte das cidades, rajadas entre 80 km/h e 100 km/h, mas em trechos da orla chance de 110 km/h a 120 km/h ou mais. Na borda da Serra junto ao litoral, nos Aparados, rajadas de 100 km/h a 130 km/h.

No Rio Grande do Sul, o pior do vento se dá entre a madrugada e o meio da tarde com o máximo na maioria das cidades durante a manhã.

À tarde, o vento enfraquece na maioria das áreas, mas ainda sopra com rajadas, mais esporádicas, no Leste no Nordeste gaúcho.

À noite, com o ciclone mais longe, o vento será fraco a moderado em quase todos os municípios.

Devem ser esperados transtornos como quedas de muitas árvores e postes, colapso de estruturas e destelhamentos.

Com vento forte mais abrangente que o comum em ciclones e rajadas intensas em muitos locais por muitas horas seguidas, problemas na rede elétrica no Rio Grande do Sul podem ser de grande escala, o que afetaria bastante a rede da CEEE Equatorial, que historicamente tem maiores impactos em ciclones, e desta vez – pela abrangência – também com efeitos relevantes a RGE. Será evento que reúne as características para afetar centenas de milhares de consumidores.

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